Em 21 setembro é comemorado o Dia mundial do Alzheimer, sabia?
Sim, a data marca a necessidade de conscientização sobre a prevenção e diagnóstico precoce da doença que acomete cada vez mais pessoas em idade avançada.
De acordo com a OMS, estima-se que 1,2 milhões pessoas sofram com o Alzheimer no Brasil e mais de 35,6 milhões em todo o mundo.
A taxa de mortalidade atribuída a doença aumentou de 16,5 por cada 100 mil pessoas em 1999 para 25,4 em 2014, o que representa um aumento de 55%.
Por isso, e com o intuito de fomentar ainda mais a causa, apuramos quais as principais dúvidas que os brasileiros possuem sobre a doença e através delas, compartilharemos informações valiosas sobre as causas, sintomas e formas de diagnóstico. Vamos lá?
1) Primeiramente, o que é a Doença de Alzheimer e como ela se manifesta?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e a forma mais comum de demência entre idosos, correspondendo a quase 70% dos casos. Ela geralmente se manifesta de forma lenta e vai agravando ao longo do tempo. Caracterizada como uma doença progressiva e irreversível, o Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratada a fim de amenizar os sintomas.
2) Quantos estágios a doença apresenta?
A Doença de Alzheimer (DA) tipicamente apresenta 3 estágios: leve, moderado e grave. Como afeta cada pessoa de forma diferente, o tempo e a gravidade dos sintomas demenciais variam. Um dos primeiros indícios da doença é a perda de memória recente. Na fase avançada, é comum que o idoso tenha alucinações e deixe de reconhecer os familiares, tornando-se totalmente dependente.
3) O que o Alzheimer provoca na vida do paciente?
De maneira geral, a doença afeta a autonomia intelectual e física do paciente. As principais características são:
- Falta de concentração;
- Oscilações de memória;
- Desorientação em relação ao espaço e tempo;
- Impossibilidade de realização de tarefas complexas;
- Perda de raciocínio;
- Dificuldade de aprendizado.
4) Quais os tipos de Alzheimer?
Há dois tipos: a esporádica, normalmente de início tardio – após os 65 anos; e a familial, de início precoce – antes dos 65 anos, que representa apenas 5% dos casos.
5) Quando foi diagnosticado o primeiro caso de Alzheimer?
Oficialmente, ocorreu em novembro de 1906, durante um Congresso científico na Alemanha. Alois Alzheimer descreveu o primeiro caso documentado de uma enfermidade degenerativa que ficaria conhecida para sempre com seu nome: Alzheimer.
5) Quais as causas da doença?
Apesar das diversas pesquisas e avanços da medicina e ciência, a causa do Alzheimer ainda é desconhecida.
No entanto, alguns estudos citam fatores importantes para o desenvolvimento da doença, como:
- Idade avançada
- Pré-disposição genética
- Escolaridade
- Doenças pré existentes como hipertensão, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral (AVC) prévio, colesterol aumentado.
7) A doença de Alzheimer afeta mais homens ou mulheres?
Segundo o relatório anual da doença mais recente, dois terços das pessoas com Alzheimer são mulheres.
Ainda de acordo com esse relatório, ser mulher é o segundo maior fator de risco para o surgimento da enfermidade, ficando somente atrás de ter idade avançada.
8) Qual o tempo de vida de uma pessoa com Alzheimer?
Como dissemos no início da matéria, os sintomas pioram de forma progressiva. Mas, em média, o paciente vive mais 9 anos após receber o diagnóstico. É importante ressaltar aqui que há outros fatores relacionados a essa expectativa e podem alterar consideravelmente essa média. É o caso de comorbidades ou estilo de vida do paciente.
9) Quem tem Alzheimer sente dor?
Até onde se sabe, as alterações cerebrais que ocorrem devido ao Alzheimer e outras formas de demência não provocam dor. Por outro lado, pacientes portadores de demência são mais propensas a situações que gerem desconfortos, é o caso de quedas, acidentes e lesões.
10) Como é feito o diagnóstico?
Um conjunto de avaliações é necessário para o diagnóstico da doença. Geralmente, o paciente passa por uma entrevista onde o médico avalia informações sobre sua história de vida, detalhes clínicos, familiares, hábitos, além de um teste cognitivo -mini exame do estado mental, teste do relógio, teste de fluência verbal.
Nos exames de rastreio neuropsicológicos, por exemplo, é pedido para os pacientes que copiem desenhos semelhantes aos da imagem, memorizem palavras, leiam ou subtraiam números. Esses e outras avaliações em conjunto auxiliam no diagnóstico e na orientação de tomadas de decisões e tratamento.
11) Quais outros exames são necessários para o diagnóstico?
Em paralelo a avaliação citada acima, exames laboratoriais são solicitados. Entre os mais comuns estão:
- Hemograma completo
- Hormônios tireoidianos
- Enzimas hepáticas
Além de exames de imagem como tomografia e ressonância magnética.
Em tempo: a DMI possui uma infraestrutura especializada para atender pacientes da melhor idade. Para agendar seus exames de imagem, acesse aqui.
12) Como é o tratamento para o Alzheimer?
Pelo fato de não ter cura, o tratamento da doença tem como objetivo permitir que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma melhor qualidade de vida, mesmo na fase grave da doença.
Além disso, ajudam a aliviar os sintomas existentes, possibilitando que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta do quadro, conseguindo manter-se independente nas atividades diárias por mais tempo.
Os tratamentos indicados pelo neurologista e ou geriatra podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico, porém, a resposta ao tratamento é individual e varia de paciente para paciente.
13) Como melhorar a vida do paciente com Alzheimer?
Como já sabemos, as alterações de comportamento e personalidade são sintomas característicos do Alzheimer. Variação de humor, irritabilidade e até mesmo desenvolvimento de depressão são comuns durante esta fase.
Nas fases iniciais, é recomendado o acompanhamento psicológico para o idoso a fim de auxiliar no controle desses sintomas e elevar seu bem estar, otimizando seu convívio social.
14) Quais formas de prevenção da doença?
Estudos apontam que o estilo de vida está diretamente associado a prevenção do Alzheimer. Quanto mais cedo houver uma mudança de hábitos – substituindo os ruins por saudáveis, mais fácil será minimizar o problema.
Para isso, separamos algumas dicas importantes:
- Estimule o cérebro: aprenda algo novo como um idioma, um instrumento musical ou um jogo. Mantenha seu raciocínio sempre em atividade. Leitura, palavras cruzadas, música e atividades em grupo também são excelentes estimulantes.
- Alimente-se bem: priorize vegetais, peixes e frutas que possuem em sua composição nutrientes para o cérebro. Em contrapartida, consuma com moderação açucares, gorduras e bebidas alcóolicas.
- Movimente o corpo: é indicado 30 minutos de atividade física cinco vezes por semana. Para os idosos, caminhada, pilates e hidroginástica são excelentes opções.
- Faça exames de checkup regularmente: controlar o diabetes e a pressão arterial – problemas são comuns nesta faixa etária – é fundamental para longevidade e elevação da qualidade de vida, principalmente nesta fase da vida.
- Tome sol ou suplemente com Vitamina D: de acordo a revista Neurology pessoas com idade avançada que não recebem quantidades suficientes de vitamina D correm mais riscos de apresentar demência. Quinze minutos diários nas regiões dos braços e pernas são suficientes.
E para finalizar…
15) Onde fazer os exames para diagnóstico do Alzheimer?
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